O amor é um sonho e o casamento o despertador

[25/05/2013 11:31:15] M: M(P), você é padre? Monge? Não me contou por que? Voto de silêncio, é isso. Tudo bem, eu não vou falar da minha raiva.

[25/05/2013 11:32:09] M: Você não precisa falar, marca X na alternativa correta, essa aqui ó: eu amo essa louca furiosa. Vai, fala aí. Diz que me ama, que tá com saudade do seu carrapato, que eu sou louca e me manda parar de delirar. Vai, tô esperando aqui.

[25/05/2013 11:33:19] M: o Neruda te ajuda: Te amo / Te amo de uma maneira inexplicável / de uma forma inconfessável / de um modo contraditório / Te amo com meus estados de ânimo que são muitos / E mudam de humor continuamente…(…) Com a ambivalência de minha alma / com a incoerência dos meus atos, / com a fatalidade do destino,/ com a conspiração do desejo /com a ambiguidade dos fatos./ Ainda quando te digo que não te amo, te amo; / até quando te engano, não te engano; / no fundo, levo a cabo um plano / para amar-te melhor./ Te amo sem refletir, inconscientemente, / irresponsavelmente, involuntariamente,/ por instinto, por impulso, irracionalmente. / De fato, não tenho argumentos lógicos / nem sequer improvisados / para fundamentar este amor que sinto por ti, / que surgiu misteriosamente do nada, / que não resolveu magicamente nada / e que milagrosamente, pouco a pouco, com pouco e nada, / melhorou o pior de mim…

[25/05/2013 11:49:59 AM] M: E a Alice disse pro gato: “Mas eu não quero me encontrar com gente louca”. “Você não pode evitar isso”, replicou o gato. “Todos nós aqui somos loucos. Eu sou louco, você é louca”. “Como você sabe que eu sou louca?”, perguntou Alice. “Só pode ser. Se não, não teria vindo prá cá”, disse o gato. Continuar lendo O amor é um sonho e o casamento o despertador

Uma noite que durou 45 anos

[24/05/2013 17:52:55] M: Que horas são aí prá você, noite ou dia? Você foi pro Japão? Já seiii: tá na Sibéria e congelou. Né? Agora você é o Iceman. Congelou de medo? É meu bem, paixão dá medo. Pior: enlouquece, pira. “Por que você terminou nosso namoro? Nunca entendi”, você me perguntou quando consegui te achar. Medo, respondi: aquele menino louro, lindo, com uma voz encantadora, um sorriso iluminado, despencou como um sol na minha frente, me cegando e me queimando. Me apavorei, percebendo que perdia o controle sobre mim.

[24/05/2013 18:11:33]M: O filme era “As Sandálias do Pescador” com o Anthony Quinn, você me disse, contando a história. Eu: “filme, tinha filme?”, enquanto você ia lembrando dos detalhes do nosso primeiro encontro: “Quando o filme acabou alguém nos apresentou… Eu não sei como consegui falar alguma coisa na hora, se é que falei. Mas naquele momento soube que te amaria, e que a amaria a minha vida inteira. Foi uma coisa boa, M. Perdi as contas das vezes que me lembrei e revivi cada momento que a gente esteve junto, dos carinhos e emoções que eu experimentei pela primeira vez, por mais adolescente que tenha sido, por mais curto o tempo que tenha durado. Nunca mais outra mulher causou tamanho impacto em minha vida e, certamente, nenhuma me foi mais fiel; nunca mais você me deixou. Acho que vivi uma vida razoavelmente feliz e sempre agradeci a você ter feito parte dela. Nem sei se nos procuramos ao mesmo tempo, mas que alegria te encontrar e poder, finalmente te dizer estas coisas. Você foi a paixão, o grande amor da minha vida!!!”. Continuar lendo Uma noite que durou 45 anos